Primeiro dia da Novena

« O Verbo se fez carne e ele habitou entre nós. »
João 1, 14
O que existia desde o começo, o que nós entemos, o que contemplamos com nossos olhos, o que vimos e que nossas mãos tocaram, é o Verbo, a Palavra de vida. Sim, a vida manifestou-se , nós a contemplamos e nós demos testemunho : nós vos nunciamos esta vida eterna que era junto ao Pai e que se manifestou a nós. O que contemplamos, o que entendemos, nós anunciamos também a vós, para que vós também estejais em comunicação conosco. E nós estamos em comunhão com o Pai e com o Filho, Jesus Cristo. E somos nós que escrevemos isto, afim de que tenhamos a plenitude da alegria.
João 1, 1-4
Eis que venho vos anunciar uma Boa Nova, uma grande alegria para todo o povo : Hoje, foi-lhes dado um Salvador, na cidade de David. Ele é o Messias, o Senhor. E eis o sinal que vos é dado : vós encontrareis um recém-nascido envolvido e deitado numa manjedoura. »
Lucas 2, 10b-12
Com o Bem-aventurado Charles de Foucauld, contemplemos Jesus, o Filho de Deus, no mistério de sua Incarnação. Peçamos a graça da humildade
A Incarnação tem sua origem na bondade de Deus. Mas uma coisa aparece em seguida, tão maravilhosa, tão brilhante, tão surpreendente, que ela brilha como um sinal perturbador : é a humildade infinita que contêm um tal mistério : Deus, o ser, o infinito, o perfeito, o Criador todo poderoso, imenso, soberano mestre de tudo, fazendo-se homem, unindo-se a uma alma e a um corpo humano e aparecendo sobre a terra como um homem e como o último dos homens (…) Ele nasceu, Ele viveu e Ele morreu no mais profundo desprezo e desonras, tendo recebido uma vez por todas, o último lugar, que ninguém jamais ocupou desta forma como Ele…
E se Ele ocupou com tanta regularidade, tanto cuidado, este último lugar, é para nos instruir, para nos ensinar : que nossa conversa não sendo deste mundo, não devemos dar nenhuma atenção a este mundo, mas viver somente para o reino dos céus ; que Deus homem via, desde então, pela visão beatificante e que devemos considerar sem cessar como sendo olhos da fé ; caminhando neste mundo como se não fóssemos deste mundo, sem preocupação pelas coisas exteriores, só nos ocupando de uma coisa : olhar e amar nosso Pai celeste fazendo sua vontade.
( « O último lugar » - p. 50-52)
Pai Nosso …
Oração pessoal em silêncio.