Nono dia da Novena

« Rios de água viva jorrarão de seu Coração. »
João 7, 38

Jesus tinha acabado de morrer. Como era uma sexta-feira, no sábado não se podia deixar corpos na cruz (ainda mais que o sábado era o grande dia da Páscoa). Os Judeus pediram a Pilatos que retirassem o corpo, depois de terem quebrado as pernas. Então, os soldados íam quebrar as pernas do primeiro, depois do segundo dos condenados que tinham sido crucificados com Jesus. Quando chegaram até este, vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados lhe perfurou o lado com sua lança ; e, logo, saiu sangue e água.

Aquele que viu dá testemunho afim de que vós acreditais também. (Seu testemunho é verídico e o Senhor sabe que ele diz a verdade.) Tudo isso aconteceu afim de que esta palavra da Escritura se realizasse : « Nenhum de seus ossos serão quebrados. » E uma outra passagem diz ainda : « Eles elevarão os olhos em direção daquele que eles trespassaram. »
João 19, 31-37

Com o Bem-aventurado Charles de Foucauld, contemplemos o Coração de Jesus trespassado pelo amor. Peçamos a graça de ver em todo homem um irmão a amar.

Que vós vos ameis, ah ! Coração de Jesus ! Não lhe foi suficiente conter todos os homens, estes homens tão ingratos, durante toda sua vida, Vós quisestes ainda ser aberto e ferido por eles após vossa morte ; Vós quisestes carregar eternamente esta ferida como sinal de vosso amor, como sinal de que vosso Coração está sempre aberto a todos os vivos, e sempre pronto a recebê-los, a perdoá-los, a amá-los…

Por esta grande abertura, Vós chamais eternamente todos os homens a acreditar no vosso Amor, a ter confiança nele, a vir até vós, por mais impuros que estejam : a todos, todos, mesmo os mais indignos, vosso Coração está aberto ; para todos, todos, ele foi perfurado ! Vós ameis todos os vivos, Vós os chamais todos a Vós, Vós ofereceis a salvação a todos, até suas últimas horas, seu último instante… Eis o que Vós nos dizeis, Vós nos gritais eternamente por esta boca tão grande e aberta de vosso Coração, ah ! terno Jesus !

(« A imitação do Bem-amado », p. 282)

Pai Nosso…

Oração pessoal em silêncio.

Oração de abandono do Padre de Foucauld